terça-feira, 31 de agosto de 2010

Annis

Já comecei… sem esperar resposta da minha parceira… mas agora espero...


Só que não podia começar hoje que é terça-feira. Aqui por estes lados diz-se que a terça-feira não é bom dia para começar nada, nem fazer negócios, não sei porquê mas é o que se diz.
Por isso comecei de véspera.
Montei as malhas e fiz as duas primeiras voltas. Foram difíceis, muito longas.
Os xailes que fiz começavam sempre pelas voltas mais curtas e via-se o trabalho crescer depressa, dava entusiasmo. Quando chegada a parte mais demorada já não podia parar porque estava quase a terminar. Este é ao contrário.
Agora adivinha-se uma dificuldade… não percebo bem como se faz os Nupp. Na volta da frente percebo que se fazem os aumentos na mesma malha, mas na volta do avesso será que se tricotam 7 malhas juntas sem trabalhar? Grande confusão… vou ver se descubro.
D. Maria, posso continuar?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A brincar...

Passei este fim de semana a brincar...
Nas minhas voltas pela net encontrei este projecto de moranguitos que me encantou tanto que encomendei as lãs só para o fazer.



A verdade é que também queria conhecer a Phoebus.
Já trabalhei com a Elis, também da Lopo Xavier, e gostei...fiz um vestido a uma “sobrinha” e uma camisola ao sobrinho. Qualquer dia só me conhecem como “a tia das camisolas”...

Este foi o resultado





Gostei de trabalhar com a Phoebus. A Elis é mais grossinha e faz um trabalho muito macio. A Phoebus é mais fina, não gostei tanto. Cada uma com o seu objectivo. Esta ainda vai servir para fazer umas luvinhas sem dedos para o inverno.

Entretanto parece que tenho parceira para o Annis shawl, tenho ou não?
Andei um tempo às voltas com a escolha da lã...

tinha estas duas em mente, a Kauni deve dar um trabalho lindo com a sua mistura de cores, entre o castanho e o azul, mas parece-me que num trabalho rendado as cores poderão ofuscar o efeito pretendido, ou não...
Esta lã mé-mé da retrosaria é linda, mas a castanha não chegava, agora tenho uma meada em cru. A ideia é começar com a castanha e acabar com o cru.
Cada vez que penso nisso mais confusa fico...
Se a minha vontade inicial era a Kauni porque não arriscar e experimentar?
Começamos quando?

domingo, 22 de agosto de 2010

Turista em Lisboa

As férias já acabaram mas o tempo convida ao passeio, por isso este fim de semana aproveitei para ser turista na minha própria cidade. Segui uma sugestão da Agenda Cultural e fui visitar o Galeria do Loreto, sob a tutela do Museu da Água.
A visita começa no reservatório da Patriarcal, mesmo por baixo do lago do Jardim do Príncipe Real, assim chamado por ter sido construido sobre as ruínas da nova Sé Patriarcal de Lisboa. Devido a um fogo a nova Sé nunca chegou a funcionar e a estrutura que restou foi aproveitada para construir um novo reservatório associado ao aqueduto das águas livres, que serviu para alimentar a industria crescente junto à frente ribeirinha.
A Galeria do Loreto é extensa, termina no largo do Camões, junto à Igreja do Loreto, no entanto a visita é bem mais curta, só com 410mt e acaba no Miradouro de S.Pedro de Alcântara.



A visita é curta, mas vale o entusiamo do guia, que além da lição de história também nos deu explicações de engenharia e transformou um percurso de10min num passeio pela história da nossa terra.
Fiquei também a saber que existem mais galerias abertas para visita, mas é preciso telefonar para o Museu da Água e perguntar quais estão disponíveis.

Entre trabalho e passeios arranjei tempo para terminar o meu novo tapete de quarto. Vi–o numa revista da Interweave e apaixonei-me. Aqui fica o resultado final.
O tapete tem 40cm de diâmetro . É feito de algumas centenas de “folhas” feitas em crochet e montado sobre tela de esmirna.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Gostei

Já está terminada a minha mantinha…. Já pode vir o inverno, já tenho saudades.



Gosto do efeito final. Está bonita. Lá lhe consegui fazer a borda a toda a volta, no tamanho certo, depois rematei com um rolinho (i-cord bind off).
Quando comecei com o rolinho enganei-me e comecei na direcção contrária à que estava a trabalhar antes. Resultado: a união do rolinho com a borda ficou pelo avesso e a parte que ficou pelo direito ficou muito mais perfeitinha…. É com os erros que se aprende. Se não me esquecer, vou fazer sempre assim.
Como é uma manta pequenita (75 *75 cm) é mesmo adequada para uma manta de viagem, acrescentei-lhe mais um rolinho para a poder enrolar.



Gostei de a fazer, mas a meio ainda pensei “então, nunca mais chego ao fim?”. Mas chegou e valeu a pena.
Os garotos também gostaram. Já pediram uma para eles. Talvez tenham sorte. Posso fazer os quadrados e eles juntarem-nos como lhes parecer melhor, sem nenhum esquema definido antecipadamente. É uma maneira de colaborarem.

Entretanto retomei um projecto iniciado em Junho com a lã Filigran da Zitron. Com base na amostra que tinha feito, foi tomando forma. Estou a gostar do efeito.



Enquanto ia fazendo a amostra ia anotando o esquema em papel, com os meus símbolos. Não era muito profissional, tinha que melhorar. E melhorou, como podem ver na foto. O esquema está com bom aspecto. Mas tive ajuda. Através de um artigo publicado na revista Knitcircus (na biblioteca) fiquei com algumas luzes de como o fazer. São bastante úteis.
A fase seguinte é verificar se tem erros. E fazer crescer a tal êcharpe.

Esta semana tem sido trabalhosa, temos as festas da vila em honra da padroeira. Temos que aproveitar bem as festas e, com o trabalho e os miúdos de férias, sobra pouco tempo para os meus gostos...
Até para a semana

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Saberes antigos

Não sendo alentejana, sempre senti curiosidade em perceber o modo como as pessoas que me rodeiam vivem, pensam, agem, sentem.

O Alentejo é uma região com características próprias. Os alentejanos são um povo orgulhoso que das fraquezas faz força.

Dado o seu isolamento e o contacto próximo com a natureza, aprenderam a interpretar-lhes os sinais para preverem o estado do tempo, que interferia com a sua principal actividade – a agricultura.

Em Agosto, as canículas permitem-lhes prever o tempo para o próximo ano. Cada dia de Agosto corresponde a um mês do ano seguinte.
O 1º de Agosto não se conta, tira-se para ele. O 2º de Agosto corresponde ao tempo do mês de Janeiro e assim sucessivamente até ao dia 13 de Agosto que corresponde a Dezembro.

Depois vêm as segundas canículas que, dizem, são as mais certas. Tiram-se dois dias, um para ele e outro para ela. Já se perdeu o significado destes ditos. A partir de dia 16 volta-se a Janeiro… até ao dia 27 que volta a ser Dezembro.

A acreditar nos antigos o próximo ano vai ser muito quente. Até aqui só tivemos tempo quente, só no dia 2 e 8 esteve mais enublado (será Janeiro e Julho). Vamos ver como corre o resto do mês e se as segundas canículas confirmam estas indicações.
Para o ano vamos ver se as previsões estão correctas.

Se não se confirmarem é porque ainda não sei interpretar bem os sinais da natureza.


É claro que outras regiões do país têm também as suas especificidades e tradições tão interessantes como as do Alentejo, se calhar até com fundamentos semelhantes. Fiz uma pequena pesquisa antes de publicar este post e esta tradição é interpretada de maneira diferente por várias pessoas… qual estará certa? Todas, penso eu.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Férias - 2ª parte

As férias correram depressa…
A primeira semana boa e cansativa,
a segunda boa e mais relaxada…
tempo para continuar os trabalhos que estavam em mãos é que não sobrou muito. Mas a mantinha já lá vai – os quadrados estão feitos e cosidos.
Tive sorte: os conselhos da mãe são sempre bons. Coser quadradinho a quadradinho é aborrecido, mas a mãe disse logo que não era assim que se fazia, cosiam-se todos ao comprido e depois cosiam-se as transversais… é escusado dizer que a mãe tinha razão. Foi muito rápido. Será que se consegue ver na fotografia que falta coser as linhas horizontais?



Depois fiz uma barra a toda a volta, mas com menos pontos do que os necessários. A manta ficou um bocado “retraída”. Coitada.
Como diz a mana, “fazer e desfazer também é aprender”.
Desmanchei e fiz uma cadeia em crochet a toda a volta e então montei os pontos na cadeia de crochet… quer dizer, com isto tudo a manta nunca mais se acaba. O que vale é que o Inverno ainda vem longe.



O pior das férias foi que se acabaram e foi necessário voltar ao trabalho… que saudades de ter férias sem fim… pelo menos 1 mês… até nos aborrecíamos de serem tão grandes.

"Não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe"