quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Lancheira



Viver no Alentejo é bom…a calma, a paisagem, a natureza…
Mas é longe de tudo. Para qualquer coisa é necessária uma deslocação de carro.
Depois de ler um dos livros da Elizabeth Zimmermann comecei a seguir-lhe o exemplo.
Faço-me acompanhar desta lancheira que os filhos me “emprestaram”. Mas de lanche não tem nada.



Cabe cá tudo…
Agora o que cá vem é este trabalho, já começado no verão do ano passado. Estou sempre a fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Quando vi pela primeira vez esta renda feita com duas agulhas fiquei encantada. Foi a Tia Maria quem me ensinou a fazê-la. Ela fazia-as sem papel, só de memória, montas tantas malhas, se se quiser fazer maior são tantas….
Depois disso fui vendo mais modelos, tirar o ponto é uma aventura, é um desafio. Confesso que é a parte de que mais gosto, conseguir descobrir-lhes o segredo, algumas escapam-se que a experiência não é muita.
Gostava de aprender mais sobre esta arte que se perde, pois quem as sabe fazer já tem alguma, boa, idade.
As agulhas foram “herdadas” da minha avó. Mas nunca a vi trabalhar com elas. Apareciam nas histórias de outros tempos, da minha bisavó, que usava agulhas feitas com raios das rodas de bicicleta… quem me dera que fosse agora para lhe pedir que me ensinasse a usá-las melhor…



Estas são destinadas a umas cortinas para um móvel de portas de vidro que mudou de função. Depois de prontas penso esticá-las para tomarem forma e colocá-las num pano de linho, com bainhas feitas com ajour… quantos anos ainda lhes faltarão para tomarem o lugar que lhes está destinado? Talvez seja este verão…


PS Só agora me ocorreu a falta de originalidade... esta lancheira deveria ser um tarro... temos que ver se remediamos a situação.

Enquanto a lã não chega...



As ovelhas já estão tosquiadas. Mas a lã ainda não fez o caminho até Lisboa. Enquanto espero aproveitei o fim de semana para fazer uma mala para mim. Já andava a sonhar com ela há algum tempo. Saiu mesmo à medida dos meus desejos!

Passei nas lojas de tecidos à procura de retalhos e encontrei um pedaço de nobuk creme, escolhi um forro a condizer ...et voilá! Um olhar mais atento diria que não está perfeita, mas para primeira tentativa saiu muito bem e acima de tudo agrada à nova dona...eu!





quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dobadoura...

Aqui está a minha nova dobadoura. Desde de que fizemos o curso de fiação na ervilha cor de rosa, tenho andado mais atenta aos acessórios para trabalhar a lã. É muito difícil encontrar as peças que precisamos ou desejamos. Por isso lancei mãos ao trabalho e fiz a minha própria dobadoura.

Aqui está o resultado...



É pequenina, só tem 30 cm de altura, mas muito boa para estar sentada no sofá. Além disso tem a vantagem de ser desmontável e se poder arrumar facilmente sem ocupar muito espaço.
Fiz também um estojo para arrumar as peças todas.
Ficou assim...


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Já está

Já está…
Se tivesse encomendado mais um novelinho tinha saído melhor…. Mas já está
Acho que a menina gostou… é vaidosa, como convém.



A casaquinha foi feita com 2 novelos de rosa e 1 de rosa claro de Debbie Bliss Eco aran cotton. O modelo é simples.



O rosa é a sua cor favorita desde sempre, embora já tenha andado pelos laranjas.
Gostei de trabalhar este algodão. É muito macio. A minha curiosidade era se estes fios estrangeiros são melhores que os portugueses…. Não cheguei a conclusão nenhuma.
As cores são mais bonitas… mas também temos fios agradáveis de trabalhar.

Agora tenho 1 meada de Mé-mé 22 castanha e 1 Meada de Mé-mé 35 em cru à procura de destino. Têm cara de quê?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Em Banho-maria

A lã já foi lavada e resultou muito melhor.
Foi mergulhada 3 vezes em água quente e ficou de molho para sair a sujidade maior.
Agora é mais fácil de cardar e de fiar.
Com as mãos consigo separar as fibras. Assim já consigo fiar. Também noto mais gordura na lã. A que foi lavada à máquina já não tinha.
As “cardas” que arranjei é que não funcionam muito bem, ou então é falta de jeito da operadora…
Cá está a continuação do trabalho.



Tenho muita sorte. De vez em quando tenho surpresas. Desta vez foi o mano, que é passeador, que me trouxe da América.
Já conhecia mas a emoção de ter estes livros na mão, ao vivo e “a cores”, é grande.




Novo desafio
Recebi esta encomenda. A ideia é fazer um casaquinho para a Olímpia levar ao baptizado do primo… mas devo ter calculado mal as quantidades. Vamos ver o que sai.




A ervilha cor de rosa tem-me dado a conhecer novos fios, novas marcas e a oportunidade de os adquirir. De outra forma seria muito difícil. Estou sempre a aguardar as novidades que vão surgindo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fiar, fiar...


Fiar é mais difícil que parece… aquela lã fininha e já cardada é uma maravilha… mas a lã das minhas ovelhas é muito difícil de fiar… talvez não tenha sido lavada como devia… foi à máquina e ficou um pouco embrulhada.
Já lavei mais um bocado só com água quente e sem mexer muito para não feltrar a lã… está ao sol a secar… talvez desta vez seja mais fácil.
Bom equipamento talvez facilite a tarefa… foi difícil resolver o problema das cardas… tiveram que ser “inventadas” à pressão… 2 pentes para pentear cães…
Talvez não sejam a melhor solução… mas é a possível
Entretanto tenho a minha micro meada à espera de um bocadinho de tempo livre para a lavar e começar a trabalhar…